A partir dessa segunda-feira, 14, um Decreto (nº 8.690) publicado no Diário Oficial da União (DOU) amplia de 30% para 35% o limite para que servidores possam contrair empréstimos consignados abatidos de sua remuneração mensal. Os 5% adicionais estariam reservados para o uso exclusivo do pagamento de dívidas e saques contraídos do cartão de crédito. A Condsef enxerga a medida com preocupação. A entidade calcula que, hoje, mais da metade dos servidores de sua base, que compõe a maioria dos servidores do Executivo, está comprometida com o pagamento de sucessivos empréstimos. A categoria acaba lançando mão desse recurso caindo numa ciranda financeira com pagamento de juros que fica difícil de escapar. Para a entidade, o governo deveria investir na reestruturação de carreiras sólidas com remuneração justa. A Condsef alerta sobre os riscos de comprometer o salário com empréstimos sucessivos o que pode mergulhar o servidor em maiores e novas dívidas. É preciso cautela para não cair em armadilhas do empréstimo fácil. Apesar de, normalmente, os juros cobrados nesses empréstimos serem menores que os cobrados pelo mercado, é bom lembrar que as taxas seguem muito elevadas. Recorrer a empréstimos pode gerar a falsa ilusão de que há sempre a possibilidade de ampliar a renda, sendo que na verdade, a renda está sendo cada vez mais comprometida. O alerta, portanto, é para que os servidores tenham cautela. A luta para garantir remuneração digna e valorização do servidor e dos serviços públicos deve continuar no centro da pauta de reivindicações da categoria. Para continuar cobrando do governo avanços nessa realidade, amanhã, 16, a Condsef se une a outras entidades que integram o Fórum Nacional dos Servidores Federais (Fonasef) no lançamento de uma campanha unificada de valorização do serviço público. A campanha também busca e defende o cumprimento de acordos firmados com o governo no último processo de negociações, entre outros eixos importantes está a criação de uma data-base para a categoria no dia 1º de maio. O Fonasef enviou ao ministro Valdir Simão, do Planejamento, um pedido de audiência para que sejam apresentadas formalmente essas e outras demandas como a luta por uma política salarial permanente para o setor, as defesas do direito irrestrito de greve e da regulamentação da negociação coletiva bem como a luta constante pelo reconhecimento à paridade entre ativos, aposentados e pensionistas. O objetivo é seguir para o Planejamento na parte da manhã onde os representantes do Fonasef vão buscar ser recebidos pelo ministro. De lá, os servidores seguem para o Congresso Nacional onde devem entregar uma carta (veja aqui) a lideranças de partidos e também aos presidentes da Câmara e do Senado. Os servidores também vão defender a não aprovação de uma nova reforma da previdência e se posiciona contrária a alteração da lei que define o regime de partilha da exploração do Pré-Sal. Os servidores também vão buscar apoio em defesa da derrubada do veto presidencial referente à realização da auditoria da dívida pública. Os destaques das atividades que vão marcar o lançamento dessa campanha em defesa do serviço público você acompanha aqui em nossa página. Fonte: Condsef