Anunciado pela União em março, o corte de quase R$ 40 bilhões em gastos tem afetado diretamente a operação de instituições e órgãos federais que atuam em Santa Catarina. Além da Polícia Federal, que ficou mais de duas semanas sem emitir passaportes, quem mais está sofrendo com a falta de recursos é a Polícia Rodoviária Federal (PRF), que precisou reduzir o trabalho de patrulhamento e fiscalização das estradas, inclusive com a suspensão de atividades aéreas e de escolta de cargas superdimensionadas.
De acordo com o inspetor Adriano Fiamoncini, na regional catarinense da unidade, o orçamento total para 2017 caiu de R$ 10 milhões para R$ 7,2 milhões. Nacionalmente, o valor total previsto caiu de R$ 420 milhões para R$ 236 milhões, uma queda de 44%. A sede da PRF em Brasília absorverá a maior parte desta redução a fim de evitar que as superintendências regionais sofram menos, porém apenas isso não tem sido suficiente e no começo de julho veio uma determinação da direção-geral em Brasília .
“Foram determinadas medidas de adequação orçamentária que afetaram também a área finalística da PRF, que é a fiscalização das rodovias federais” conta Fiamoncini.
Em meio a esse ambiente de contenção de custos, os policiais têm procurado otimizar as operações. Com o objetivo de economizar combustível, por exemplo, a orientação é que aproveitem, quando possível, os deslocamentos para atender acidentes para também realizar patrulhamentos estáticos.
“Ocorrências como acidentes, combate à criminalidade, auxílios a usuários ou que possam gerar alteração do fluxo das rodovias continuam a ser atendidas normalmente. Os policiais irão aproveitar estes deslocamentos para também executar fiscalização de trânsito, preferencialmente de forma estática, visando a economia de combustível” acrescenta o inspetor.
PRF
- Orçamento para 2017 caiu de R$ 10 milhões para R$ 7,2 milhões.
- Suspensão de escolta de cargas superdimensionadas
- Suspensão das atividades aéreas (policiamento e resgate aéreo)
- Redução dos deslocamentos terrestres de viaturas em patrulhamento
Fonte: Diário Catarinense