O Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasef) se reúne nesta segunda-feira na sede do Andes-SN, em Brasília, para debater os rumos da luta dos servidores federais. Após um processo desgastante de negociações, muitas categorias decidiram aprovar por maioria firmar um acordo com o governo para garantir reposição salarial de 10,8% em dois anos (ago/2016 e jan/2017). A Condsef, em conjunto com outras entidades representativas de servidores do Executivo, vai nesta terça, 29, ao Ministério do Planejamento para firmar acordo que assegura ainda outras questões como reajuste em benefícios (auxílio-alimentação, assistência saúde e creche) a partir de janeiro do ano que vem. No pacote também está mudança de regras na contagem de gratificação para fins de aposentadoria. Servidores aposentados a partir de 2004 também entram na nova regra. Cada caso deve ser avaliado pelas entidades que vão continuar cobrando do governo o atendimento de pautas que seguem pendentes. Muitas dessas pautas são temas específicos como reestruturação de carreiras, movimento importante para garantir maior eficiência ao atendimento destinado à população. Nesta segunda, o comentarista Alexandre Garcia fez uma avaliação envolvendo servidores do INSS que fizeram uma greve legítima para buscar justamente a melhoria do atendimento à população que mais precisa. Porque para cumprir sua vocação de servir, como fala o comentarista, o servidor precisa que o Estado garanta condições mínimas para que isso aconteça. Não é possível apagar um incêndio de grandes proporções apenas com um copo d´água. As paralisações do setor público costumam ser bastante dolorosas tanto para a população quanto para os trabalhadores. E sim, como disse o comentarista, o Estado deve atender bem a população, há concordância com este pensamento. Mas para que isso aconteça, a Condsef lembra que é preciso que o Estado invista na qualidade dos serviços prestados a essa população e dê atenção às necessidades dos servidores que atuam na linha de frente do atendimento público. Servidores que com seus movimentos promovem alertas e pedidos de socorro para chamar a atenção para a situação de caos que afeta, principalmente, os serviços prestados diretamente aqueles que pagam em dia seus impostos. É importante que a sociedade compreenda que as mobilizações que muitas vezes prejudicam o contribuinte acontecem justamente para que aquele serviço já bastante precário possa melhorar. Os servidores compreendem que a população é a última a merecer enfrentar as mazelas de uma greve, no entanto, para aqueles que estão na linha de frente do atendimento, lutar com a mobilização e greves legítimas para cobrar o Estado são reações necessárias para conquista de condutas de gestão que tirem o serviço público da situação de caos em que se encontra. Isso se faz com gestão administrativa eficiente e investimentos adequados nas carreiras que prestam atendimento essencial que a população paga caro para ter direito. Por entender a importância dessa luta, os servidores vão seguir cobrando do governo, com greves legítimas quando assim preciso for, os investimentos adequados a melhores condições de trabalho que passam não só pelo respeito essencial ao profissional que exerce suas funções diariamente, como também respeito ao contribuinte que quando vai recorrer a um serviço, merece encontrar atendimento digno que deve ser garantido pelo Estado a todo cidadão. Fonte: Condsef